SEL – Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação

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Palestra : CYBER PHYSICAL SYSTEMS AND INDUSTRY 4.0: PERSPECTIVES AND FUTURE DIRECTIONS

CYBER PHYSICAL SYSTEMS AND INDUSTRY 4.0: PERSPECTIVES AND FUTURE DIRECT Com o Professor Sheng-Jen (“Tony”) Hsieh1 1 Director, Rockwell Automation Laboratory; Professor, Dept. of Engineering Technology and Industrial Distribution, Texas A&M University, College Station, USA, email: hsieh@tamu.edu Dia : 16/05 Maio, 2023 Horário : 15:00 – 17:00 Local: Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL ABSTRACT Advances in communication technology, computational modeling, and control algorithms have enabled the transformation of data into knowledge and control of machines and systems in real-time with high accuracy via smart sensory devices and wireless networks. Such systems are known as cyber-physical systems (CPS). Cyber-enabled Manufacturing (CeM) is a CPS that focuses on manufacturing machines and systems. As information technology becomes robust and mature, developed countries such as Germany are promoting the concept of Industry 4.0. The intent is to integrate designers, manufacturers, and consumers in a seamless way to increase productivity, reliability and customer satisfaction. This talk will describe key CPS, CeM and Industry 4.0 concepts. Existing work will be covered, including an ongoing project to build a CPS for thermal stress prevention in fused deposition modeling (FDM) based 3D printing processes and smart traffic light control system design. Potential research topics will be included as future directions. Keywords: smart machine, mass customized automated assembly system, cyber-physical system, Industry 4.0 Dr. Hsieh is Professor and Graduate Faculty Member and Director of the Rockwell Automation Laboratory in the College of Engineering at Texas A&M University, College Station, TX. His areas of research include automated assembly system design, control, integration, diagnosis, and preventative maintenance; optical and infrared imaging for product/process characterization and failure prediction; micro/nano manufacturing; and design of technology for automation and robotics education. He has been awarded several major grants totaling over $5.5M in research funding. These efforts have resulted in 202 publications in refereed journals and conference proceedings. Dr. Hsieh received the Ph.D. in Industrial Engineering, with a minor emphasis in Computer Science, from Texas Tech University. He was named Honorary International Chair Professor for National Taipei University of Technology in Taipei, Taiwan, for 2015-23. At Texas A&M, he was named Halliburton Faculty Fellow in 2005, Halliburton Professor in 2011, and William and Montine P. Head Fellow in 2014. He received a National Science Foundation CAREER Award in 2003.      

Nova técnica de holografia tridimensional é testada com resultados promissores

Nova técnica de holografia tridimensional é testada com resultados promissores Imagine poder criar estruturas de luz tridimensionais capazes de retratar objetos e cenas realistas que podem ser vistos por usuários sob praticamente qualquer ângulo. Embora possa soar ficção científica, com larga exploração em filmes futuristas (quem não se lembra da princesa Leia, de Star Wars, em um projetor?), pesquisadores vinculados ao grupo liderado pelo professor Leonardo André Ambrosio, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), em colaboração com cientistas e engenheiros da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) da Universidade de Harvard (EUA), acabam de trazer a ideia mais próxima da realidade através de um método inovador e promissor em holografia tridimensional. O trabalho, publicado no último dia 10 de abril na renomada revista científica Nature Photonics, é o primeiro a propor o uso de filamentos de luz altamente controláveis que podem ser cascateados paralelamente entre si, compondo padrões espaciais bidimensionais – folhas de luz – que são subsequentemente empilhados compondo cenas tridimensionais. “O grande diferencial da proposta reside no fato de que, ao contrário das técnicas tradicionais, aqui a luz é arranjada em planos perpendiculares, e não paralelos, ao do display óptico”, explica Ambrosio. Montagem de folhas de luz holográficas em 2D para construir cenas volumétricas (3D) – Imagem: Nature Photonics Os filamentos de luz, conhecidos na literatura como ‘ondas congeladas’ (do inglês, frozen waves), baseiam-se em feixes especiais (conhecidos como feixes de Bessel) para gerar padrões de intensidade arbitrários na direção de propagação. Tais feixes possuem a capacidade de resistirem aos efeitos da difração por longas distâncias, sendo inclusive capazes de se autorreconstruírem após passarem por um obstáculo. Segundo o professor Michel Zamboni Rached, da FEEC/Unicamp, coautor do trabalho e formulador do arcabouço teórico das frozen waves, “aproveitando-se das propriedades não difrativas dos feixes de Bessel, as frozen waves permitem estruturar a luz em escalas espaciais micrométricas, milimétricas e centimétricas, ao longo do próprio eixo de propagação, e já vinham sendo explorados em aplicações específicas, tais como em aprisionamento óptico de partículas micrométricas e guiamento de átomos. Estender o conceito para duas e três dimensões é realmente um passo importante e necessário para alavancar novas aplicações em óptica e fotônica”, complementa Rached. O conceito teórico das folhas de luz, originalmente apresentado pelo grupo do professor Ambrósio, da EESC-USP, adiciona um grau de liberdade a mais e, segundo o próprio pesquisador, “abre uma ampla frente de novas pesquisas em imagens e impressão 2D e 3D, micromanipulação de partículas, displays 3D e, claro, em holografia, foco da presente pesquisa. Através da aproximação controlada de filamentos de luz, pode-se conceber cenas espacialmente complexas e de alta resolução, não apenas monocromáticas, mas também policromáticas, por exemplo, usando sistemas de laser RGB”, compara o professor da EESC. Prof. Leonardo (ao centro) e os alunos de pós-graduação Vinicius e Jhonas. Além disso, mesmo em materiais absorventes, onde a luz convencionalmente sofreria atenuação durante a propagação, é possível, até certo ponto, manter as cenas tridimensionais desejadas sem perda de resolução ou nitidez. “As folhas de luz podem ser utilizadas em pinças ópticas holográficas, com a vantagem de permitir o controle dinâmico dos pontos de aprisionamento em múltiplos planos, todos paralelos entre si e ao eixo de propagação”, informa o estudante de doutorado Vinicius Soares de Angelis, da EESC. Trata-se de uma nova tecnologia que não se limita à formação de padrões de intensidade constantes no espaço. Nas palavras do estudante de mestrado Jhonas Olivati de Sarro, também ligado à EESC, “ao alterarmos o padrão da luz incidente com cadência e varredura adequadas, é possível dar a ideia de movimento à cena e criar vídeos de luz tridimensionais, sem abrir mão das propriedades dos feixes não difrativos”. Uma grande desvantagem dos métodos tradicionais em holografia é a perda de resolução axial das imagens geradas. Isso ocorre porque a luz é organizada em planos paralelos e que se distanciam entre si à medida que nos afastamos do observador. Isso faz com que as camadas mais distantes do usuário se tornam mais difíceis de serem vistas. A nova técnica, todavia, supera esta limitação e fornece sensação contínua de profundidade porque permite ao usuário enxergar toda a extensão das folhas de luz. “Ao fazermos isso, resolvemos o problema de percepção de profundidade que tradicionalmente afeta a holografia”, afirma Ahmed Dorrah, pós-doutorando e responsável por conduzir os experimentos junto ao laboratório de óptica do grupo do professor Federico Capasso, da SEAS (Harvard). “Esta pesquisa aproveita de forma inovadora os moduladores espaciais de luz , uma tecnologia amplamente utilizada e comercialmente estabelecida, para moldar a luz à medida que ela se propaga, criando uma classe inteiramente nova de hologramas”, lembrou o professor Capasso, que liderou a equipe na montagem e realização de todos os testes práticos. “Prevejo que este método de holografia terá impacto em realidade virtual e aumentada, imagens biológicas, displays volumétricos, interações humano-computador, ferramentas educacionais interativas e muito mais”, prevê o pesquisador de Harvard. As tratativas para a proteção da propriedade intelectual já foram iniciadas e a equipe envolvida na pesquisa agora busca oportunidades para exploração comercial. A lista de autores do estudo inclui o professor Leonardo André Ambrosio, o estudante de doutorado Vinicius Soares de Angelis e o estudante de mestrado Jhonas Olivati de Sarro, todos da EESC/USP; o professor Michel Zamboni Rached, da FEEC/Unicamp; o professor Federico Capasso, o pós-doutorando Ahmed Dorrah e o estudante de graduação Priyanuj Bordoloi, todos da SEAS/Universidade de Harvard. O trabalho foi financiado pelas seguintes entidades: Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada; Office of Naval Research, com vínculo ao programa MURI; Air Force Office of Scientific Research; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).   Por Alexandre Milanetti / Ex-Libris

História de ex-aluna da USP: a engenheira de software que desenvolve satélites no Inpe

Participe do evento dia 14 de abril, quando Maria de Fátima Mattiello Francisco revelará detalhes de sua trajetória desde a graduação em Ciências da Computação no ICMC até a atuação em projetos de desenvolvimento de nanossatélites e de engenharia de sistemas espaciais As séries e filmes de televisão que consumimos podem ter grande influência em nossas escolhas. Para muitos, é a partir desses conteúdos que se conhece e tem acesso a conhecimentos diversos, alguns que podem até inspirar a futura profissão. Esse é o caso de Maria de Fátima Mattiello Francisco, a engenheira de software que escolheu trabalhar com pesquisas espaciais um pouco graças às séries televisivas sobre o tema. Formada em Ciências de Computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, Fátima é, atualmente, coordenadora de ensino, pesquisa e extensão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além de atuar na Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia Espacial, curso oferecido pela instituição. A ex-aluna do ICMC já trabalhou em projetos de engenharia de sistemas espaciais, como especialista em sistemas de solo e conceito de operação de satélites, e também na verificação e validação de sistemas intensivos em software. Coordenando projetos de desenvolvimento de nanossatélites no Inpe, em parceria com universidades brasileiras e estrangeiras, Fátima tem muitas histórias para contar e fará isso durante um evento, dia 14 de abril, a partir das 16 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC. A iniciativa também será transmitida ao vivo pelo canal ICMC TV no YouTube. O evento é parte do ciclo de palestras Alumni – Campus USP São Carlos… trajetórias que inspiram, que compõem a programação para celebrar os 70 anos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). O ciclo tem o objetivo de motivar os atuais estudantes por meio de exemplos de sucesso profissional de ex-alunas e ex-alunos, além de estreitar laços entre as diferentes gerações de estudantes que passaram ou estão na USP. Com periodicidade bimensal, a proposta envolve egressos das cinco unidades do campus da USP, em São Carlos, e o local de cada palestra é a unidade onde o estudante se formou. Com o tema O protagonismo do software na engenharia de satélites do Inpe, Fátima revelará, no dia 14 de abril, detalhes de sua trajetória desde a graduação no ICMC, e explicará por que a engenharia de satélites é, hoje, estreitamente ligada à área de desenvolvimento de software. O evento é coordenado pelo professor José Marcos Alves, da EESC, em parceria com a professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC. Antes da palestra no ICMC, Fátima estará, na manhã de 14 de abril, com estudantes da escola estadual João Batista Gasparin, em São Carlos, para falar sobre As mulheres no espaço e nas carreiras relacionadas ao setor espacial. Sobre o Inpe – Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Inpe foi criado em 1961 para realizar atividades e estudos desde a origem do Universo a aplicações da ciência, como nas questões de desflorestamento das matas. O instituto é um centro de referência internacional em pesquisas de ciências espaciais e atmosféricas, engenharia espacial, meteorologia, observação da Terra por imagens de satélite e estudos de mudanças climáticas. São centenas de colaboradores que trabalham diariamente para expandir a capacidade científica e tecnológica do Brasil, muitos deles formados na USP em diferentes áreas e unidades de ensino e pesquisa. Fátima entrou no Inpe para fazer mestrado em Telecomunicações e Sistemas Espaciais, logo após se formar na USP em 1980. Inicialmente, seu trabalho no Inpe estava relacionado com a operação de satélites e controle, ficando muitos anos na divisão de sistemas de solo. No doutorado, enveredou para verificação e validação de sistemas espaciais intensivos em softwares. Para conhecer mais sobre essa história, basta acessar a reportagem Da USP São Carlos às pesquisas espaciais, a trajetória de quem desenvolve satélites, publicada pelo Jornal da USP. Texto: Denise Casatti e Laura Gazana, da Assessoria de Comunicação do ICMC-USP Com informações da EESC e do Jornal da USP Mais informações Sobre o ciclo de palestras Alumni – Campus USP São Carlos… trajetórias que inspiram: http://www.saocarlos.usp.br/eesc-abre-ciclo-de-palestras-inspiradoras-com-profissionais-de-sucesso/ Leia a reportagem do Jornal da USP: https://jornal.usp.br/universidade/da-usp-sao-carlos-as-pesquisas-espaciais-a-trajetoria-de-quem-desenvolve-satelites/ Dúvidas? Escreva para jma@sc.usp.br

Professor do SEL é promovido a membro sênior do IEEE

Professor da EESC-USP é promovido a membro sênior do IEEE Docente recém-contratado para o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), o professor Pedro de Oliveira Conceição Júnior recebeu neste mês de março a láurea referente à sua elevação para membro sênior do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), a maior associação profissional do mundo dedicada ao avanço da inovação e excelência tecnológica em sua área. O prêmio recebido há pouco mais de duas semanas – uma placa em bronze com a gravação do reconhecimento emitida pelo corpo de diretores do IEEE, sediado nos EUA, confirma a decisão da entidade, ocorria no final de junho de 2022. “Sou muito grato ao IEEE e àqueles que recomendaram minha elevação, contribuindo assim para essa conquista”, agradeceu o professor do SEL/EESC. Segundo comunicado oficial assinado por K.J. Ray Liu, presidente e CEO do IEEE no ano da premiação, apenas 10% dos mais de 400 mil membros do IEEE possuem esse grau, o que requer extensa experiência e reflete maturidade profissional e conquistas documentadas de importância. “Parabéns por este marco significativo e obrigado por suas contribuições para a profissão e ao IEEE”, elogiou o dirigente. Em outra informe da entidade recebido pelo pesquisador da USP São Carlos, Zuhaina Zakaria, presidente do Comitê de Admissão e Avanço do IEEE, explica que os membros seniores são elegíveis para ocupar posições executivas de voluntariado no IEEE. “Cada membro sênior do IEEE pode poderá indicar outros candidatos, uma vez que estes podem servir de referência para outros candidatos a membros seniores. Os membros seniores recém-elevados também são encorajados a encontrar os próximos inovadores de amanhã e convidá-los a ingressar no IEEE”, complementa Zakaria.

Nova abordagem para a teoria de sinais e sistemas é destaque em livro de professor do SEL

Sinais e sistemas têm a reputação de ser um assunto difícil. Essentials of Signals and Systems é o livro lançado pela editora Wiley  com o objetivo de mudar essa reputação mostrando uma nova abordagem para esse tema, ensinando os conceitos essenciais de maneira amigável, intuitiva e acessível. A obra tem como autor Emiliano R. Martins, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). A visão geral do livro é de que as abordagens tradicionais de sinais e sistemas são desnecessariamente complicadas e que as experiências de aprendizado dos alunos são beneficiadas ao se fazer uma conexão clara entre a teoria da representação de sinais e sistemas e a teoria da representação de vetores e operadores em álgebra linear. O autor começa revisando a teoria da representação em álgebra linear, enfatizando que os vetores são representados por coordenadas diferentes quando a base é alterada e que a base dos autovetores é especial porque simplifica a representação do operador. “Assim, em cada passo da teoria da representação de sinais e sistemas, buscamos mostrar o passo análogo em álgebra linear. Essa abordagem facilita os alunos a entenderem que sinais são análogos a vetores, que sistemas são análogos às matrizes e que a transformada de Fourier é uma mudança na base que diagonaliza os operadores LTI”, detalha o autor do livro, Emiliano R. Martins. O texto enfatiza os conceitos-chave na análise de sistemas lineares e invariantes no tempo, demonstrando o significado algébrico e físico da transformadas de Fourier. O conteúdo da obra conecta cuidadosamente as transformações mais importantes (Série de Fourier, Transformada de Fourier em Tempo Discreto, Transformações de Fourier Discretas, Laplace e Transformações Z), enfatizando suas relações e motivações. “Os domínios de tempo contínuo e discreto são conectados e os alunos aprendem passo a passo como usar a função fft, usando exemplos simples”, complementa Martins. Incorporando objetivos e problemas de aprendizagem e apoiado por códigos Matlab simples para ilustrar os conceitos, o texto do livro apresenta aos alunos as bases para permitir que o leitor busque tópicos mais avançados em cursos posteriores. “Essentials of Signals and Systems nasceu das notas de aula que escrevi para os cursos de Sinais e Sistemas e Processamento Digital de Sinais, ambos ministrados para alunos do SEL-EESC”, revela o autor do livro. A obra é indicada para alunos de graduação em Engenharia Elétrica e Computação. As informações contidas também são pertinentes para estudantes de Física e áreas relacionadas envolvidas na compreensão de sinais e processamento de sistemas, incluindo aqueles que trabalham em aplicações práticas relacionadas.   Alexandre Milanetti

Alunos de pós-graduação do SEL recebem prêmios de destaque nos EUA

Alunos de pós-graduação da EESC-USP recebem prêmios de destaque nos EUA   Dois alunos do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) receberam importantes premiações recentes no exterior. No final do último mês de fevereiro, durante a Conferência SPIE Medical Imaging 2023, realizada em San Diego (EUA), Lucas Exposto Soares, aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da EESC, foi premiado com o melhor poster da conferência Image Perception, Observer Performance, and Technology Assessment, recebendo a láurea Cum Laude Award for Poster, com o trabalho Assessment the impact of correlated noite in digital mammography: a virtual clínica trial. Além dele, Arthur Chaves Costa, que também é aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC e está realizando doutorado sanduíche na Universidade de Lund (Suécia), apresentou na mesma conferência nos EUA um workshop sobre simulação de ruído anatômico, intitulado Interactive breast lesion designer for virtual trials based on Perlin noise, juntamente com a equipe da universidade sueca. O trabalho foi premiado como melhor workshop da Conferência SPIE Medical Imaging 2023. Ambos os alunos são orientados pelo Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e Computação da EESC/USP e Coordenador do Laboratório de Visão Computacional (LAVI). Sobre os trabalhos A pesquisa de Lucas Soares tem como objetivo avaliar como os diversos parâmetros de qualidade dos equipamentos mamográficos, como ruído, contraste, resolução, entre outros, influenciam na detecção de lesões mamárias pelos radiologistas. Entre os parâmetros de qualidade dos equipamentos, o ruído quântico é um dos que mais influenciam a detecção pelos médicos. No caso da mamografia digital, o ruído quântico é inevitável, pois está diretamente relacionado com a dose de radiação utilizada pelo equipamento. Ou seja, a única forma de evitar o ruído seria utilizar uma dose de radiação tão alta que seria muito prejudicial ao paciente. Como os equipamentos mamográficos atuam em uma faixa bem segura de exposição à radiação, o ruído está sempre presente na imagem e, em geral, os radiologistas já estão acostumados a realizar análise nas imagens com uma certa quantidade de ruído. “Alguns equipamentos de mamografia possuem detectores digitais que utilizam cintiladores para aumentar a eficiência quântica da detecção, o que acaba por reduzir a dose de radiação absorvida pelo paciente. No entanto, os cintiladores fazem com que os elementos detectores apresentam um problema de interferência entre eles, que faz com que o sinal detectado por cada elemento sensor seja influenciado pelos elementos vizinhos. Essas interferências fazem com que o ruído da mamografia apresente correlação espacial, ou seja, apresentem padrões não-uniformes que geram artefatos na imagem. Esses artefatos podem fazer com que algumas lesões mamárias sejam perdidas ou confundidas pelos radiologistas quando estão analisando as mamografias”, explica o aluno da EESC premiado nos EUA. O trabalho realizado por Soares foi analisar objetivamente como a correlação espacial do ruído influencia a detecção de lesões na mamografia digital. Ele utilizou um equipamento de mamografia do Hospital de Câncer de Barretos (SP) e modelou todos os parâmetros necessários para simulação do ruído desse equipamento, inclusive a correlação espacial. Utilizando um software de simulação desenvolvido pela Universidade da Pensilvânia, ele gerou um conjunto de 100 imagens mamográficas com ruído correlacionado e outras 100 imagens com ruído não-correlacionado (também chamado de ruído branco). Depois, utilizando um software desenvolvido pelo Dr. Lucas Rodrigues Borges, ex-aluno de doutorado da EESC/USP e cientista da empresa norte-americana Real Time Tomography LLC, Soares gerou imagens de lesões mamárias (microcalcificações) de diferentes tamanhos e formas e inseriu digitalmente nas mamografias. “Quatro leitores analisaram essas imagens para tentar detectar as microcalcificações, sem saber quais imagens possuíam ruído correlacionado e quais não. As leituras foram realizadas no LAVI, que possui uma sala escura dedicada, com monitores de alta resolução, específicos para leitura de mamografia digital. Os resultados obtidos após a análise de 800 imagens pelos leitores mostraram que a taxa de detecção das microcalcificações nas mamografias sem ruído correlacionado foi aproximadamente 25% maior do que nas imagens que apresentam correlação espacial do ruído. Esse resultado é importante pois outras pesquisas estão sendo desenvolvidas no LAVI, inclusive com o uso de inteligência artificial, para a filtragem de ruído correlacionado na mamografia digital. Se essa pesquisa tiver sucesso, podemos aumentar consideravelmente a taxa de detecção do câncer de mama, beneficiando as mulheres que participam dos programas de rastreio”, detalha Soares. Essa pesquisa teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e colaboração do Hospital de Câncer de Barretos, da Universidade da Pensilvânia (EUA) e da empresa Real Time Tomography LLC. “Esse é um exemplo muito concreto de como a parceria entre Universidades, centros de pesquisa e empresas são importantes para o avanço da ciência”, destaca o Prof. Marcelo Vieira, orientador do trabalho e coordenador do projeto de pesquisa. Outro aluno orientado pelo mesmo pesquisador é Arthur Costa, que está realizando deste outubro de 2022 um estágio de doutorado sanduíche na Universidade de Lund (Suécia), com esta bolsa no exterior sendo financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do programa PrInt/USP. A equipe de pesquisas da universidade sueca desenvolve softwares de geração de imagens sintéticas de mamografia digital para a realização de testes clínicos virtuais – Virtual Clinical Trials (VCTs). Estes são importantes ferramentas de simulação que permitem testar protocolos de aquisição de imagens médicas de forma virtual, antes deles serem efetivamente utilizados na prática clínica. “Essas ferramentas diminuem o tempo e o custo das pesquisas na área médica e são cada vez mais comuns em todo o mundo. Durante os primeiros quatro meses em que trabalhei na Universidade de Lund, colaborei com a equipe de pesquisadores de lá para desenvolver métodos de simulação mais precisos para a geração de imagens mamográficas sintéticas ainda mais realistas”, relata Costa. “Este trabalho que teve a colaboração do Arthur, nosso aluno de pós-graduação da EESC-USP, também foi premiado na conferência em San Diego, e é resultado da colaboração entre a Universidade de Lund, a Universidade da Pensilvânia, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a USP”, complementa o orientador Marcelo Vieira (SEL/EESC), que esteve presente no evento dos

EESC abre ciclo de palestras inspiradoras com profissionais de sucesso

EESC abre ciclo de palestras inspiradoras com profissionais de sucesso No próximo dia 24, a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) realiza a palestra inaugural da série Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram. O evento, que terá periodicidade bimensal, faz parte da programação da celebração dos 70 anos da Escola e tem como objetivo motivar os(as) atuais alunos(as) por meio de exemplos de sucesso profissional de ex-alunos(as), além de estreitar laços entre as diferentes gerações de estudantes que passaram pela instituição. O primeiro palestrante dessa iniciativa será Elvio Lupo Jr, da tradicional família Lupo, de Araraquara, formado em Engenharia Civil pela EESC em 1976. Ele trará o tema Herança de Empresas Familiares, assunto que tem relação com a sua atividade profissional desde 2004. Foi quando o ex-aluno da universidade decidiu estender a experiência adquirida em 28 anos de carreira executiva (Reebok do Brasil, Umbro do Brasil, Kappa do Brasil) e passou a desenvolver a atividade de consultor especializado em empresas familiares, por meio de sua própria empresa de consultoria LEGARE, responsável por diversos projetos de implantação de estruturas de governança corporativa e familiar, elaboração de acordos de acionistas, protocolo de regras para o relacionamento família e empresa, planos de sucessão, preparação de herdeiros, etc. Para além de sua experiência como consultor e executivo não só da Lupo, como de outras grandes marcas, Elvio Lupo Jr e família também atuaram com destaque em ações filantrópicas de bastante relevância, como a doação desde 1966 de uma área de 351 mil m² para o campus de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Case de sucesso, a história da centenária empresa é contada no livro “A Saga dos Lupo” (Ignacio de Loyola Brandão e Rodolpho Telarolli) e poderá ser ricamente compartilhada durante a palestra de Elvio. A palestra inaugural poderá ser acompanhada presencialmente, às 15h do dia 24 de março, no Espaço Minerva (Anfiteatro Jorge Caron), assim como virtualmente, já que será transmitido no canal do YouTube da EESC. “Trata-se de um grande nome para a abertura desse ciclo de palestras, vide sua trajetória profissional de muito sucesso e, certamente, bastante inspiradora para quem está trilhando sua carreira em nossos cursos. A expectativa é termos um bom público e motivar alunos de graduação e pós-graduação com os exemplos de sucesso de egressos do campus”, diz José Marcos Alves, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC e idealizador do evento. A proposta do Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram ! é envolver egressos das cinco unidades do campus, de forma que o local das palestras será a unidade onde o(a) estudante se formou. A segunda acontecerá em 14 de abril, com apresentação de Maria de Fátima Mattiello Francisco, ex-aluna do ICMC – USP, e trará o tema O protagonismo do Software na engenharia de satélites do INPE. Este evento deve ocorrer às 16h, no anfiteatro Fernão Stella de Rodrigues Germano (ICMC). Serviço: Evento “Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram ! Palestra 1 | 24/3 – 15h Eng. Elvio Lupo Jr. (ex-aluno EESC) Tema: Herança de Empresas Familiares Local (EESC): Anfiteatro Jorge Caron Palestra 2 | 14/4 – 16 Maria de Fátima Mattiello Francisco (ex-aluna ICMC) Tema: O protagonismo do SOFTWARE na engenharia de satélites do INPE Local (ICMC): Anfiteatro Fernão Stella de Rodrigues Germano Denis Dana, para a Assessoria de Comunicação da EESC-USP 

Aplicações de Transferência Indutiva de Potência em Veículos Elétricos – Breve Revisão e Estado-da-Arte

Aplicações de Transferência Indutiva de Potência em Veículos Elétricos Breve Revisão e Estado-da-Arte – Por Rodolfo Castanho Fernandes 27/03/2023 das 10h às 12h Anfiteatro Armando Toshio Natsume Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC Rodolfo Castanho Fernandes, é engenheiro eletricista (2008) e mestre (2010) em Eletrônica de Potência pela UNESP Ilha Solteira, doutor (2015) em transferência indutiva de potência/sistemas dinâmicos pela USP de São Carlos e atualmente Pesquisador Colaborador da UNICAMP no grupo de Armazenamento Avançado de Energia. Membro Sênior do IEEE desde 2021, participou ativamente de diversas sociedades como IEEE Communications Society, IEEE Industry Applications Society, IEEE Power & Energy Society, IEEE Industrial Electronics e mais recentemente, IEEE Aerospace and Electronics Systems Society. Trabalha também na indústria brasileira desde 2010 onde desenvolve principalmente projetos de eletrônica embarcada, baterias. BMS e carregadores de baterias para aplicações agrícolas.

Curso de “Introdução à língua e cultura japonesa – Módulo 2” – inscrições de 21 e 26 de março

Introdução à língua e cultura japonesa – Módulo 2 O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP receberá, entre os dias 24 e 28 de março de 2023, as inscrições para o Módulo 2 do seu curso gratuito de japonês. A atividade, que é voltada para aqueles que já tenham a noção básica ou que já tenham cursado o primeiro módulo, conta com 70 vagas disponíveis. Para participar, os interessados devem se inscrever via Sistema Apolo, preenchendo o formulário que estará disponível neste link, no período de inscrição indicado. Durante o curso, que é aberto ao público em geral, os participantes aprenderão temas como introdução à Kanji, conjugação verbal no passado, contagem, adjetivos, forma verbal usada para pedir, afirmar e descrever eventos, além de aspectos culturais que envolvem comportamentos próprios da cultura japonesa. Os participantes que forem aprovados na avaliação com média mínima de seis (6) e obtiverem pelo menos 75% de frequência, receberão um certificado de conclusão expedido pela USP. Programada para ser realizada de 04 de abril a 11 de julho de 2023, a iniciativa terá aulas online às terças-feiras, das 16h00 às 17h30 (os participantes receberão um link para acompanhar as atividades). Todo o conteúdo do curso será ministrado por estudantes universitários que possuem experiência com o idioma e decidiram aproveitar a oportunidade de compartilhar o conhecimento adquirido em suas vidas. Havendo um número de inscritos maior do que o número de vagas, haverá um processo de seleção que será efetuado na semana anterior ao início das aulas. Veja como é a arte de fazer os ideogramas que representam palavras no idioma japonês.

Professor da Universidade de Melbourne visita a EESC e realiza workshop

Professor da Universidade de Melbourne visita a EESC e realiza workshop   Com o objetivo de compartilhar experiências em sistemas elétricos de potência e estabelecer/iniciar parcerias, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), por meio do CAPES-PRINT USP, recebe, entre os dias 3 e 11 de março, a visita do professor Luis Fernando Ochoa. As principais atividades de Ochoa em São Carlos serão palestras sobre oportunidades de pesquisa com sua equipe, na Universidade de Melbourne (segunda-feira, 6 de março), e um workshop, além de conversar com pesquisadores sobre seus temas de interesse de pesquisa. Workshop Quantifying the DER Hosting Capacity of Distribution Networks: Models, Considerations and Tools • Primeiro Dia: Quarta-feira, 8 de março, das 14 às 17 horas (Duração: 3 horas) • Segundo Dia: Quinta-feira, 9 de março, das 9 às 12 horas (Duração: 3 horas) Local: Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação As inscrições devem ser feitas de 1º a 6 de março, neste formulário. Os inscritos também poderão assistir via YouTube. Program Distribution companies all over the world are finding challenging to quantify the ability of their existing low and medium-voltage networks to host residential Distributed Energy Resources (DERs), such as photovoltaic (PV) systems and electric vehicles (EVs). This quantification, known as Hosting Capacity, is also needed to assess different potential solutions that could increase DER uptake. Thus, it is crucial for distribution companies to carry out adequate DER hosting capacity quantifications using appropriate models, considerations, and tools. In Day 1 of this workshop different aspects required to quantify the residential DER hosting capacity of distribution networks, particularly focusing on solar PV and EVs, will be presented and discussed. Using realistic case studies from urban and rural integrated MV-LV networks from Australia, this workshop will explain and demonstrate the benefits but also the potential challenges and limitations of exploiting existing assets as well as the capabilities of DERs. This tutorial will be divided into three parts: • Part 1. Distribution Networks and DERs • Part 2. PV Hosting Capacity (PV Inverters and Batteries). Related Project. • Part 3. EV Hosting Capacity (EV Management and Time-of-Use Tariffs). Related Project. In Day 2 of this workshop, the attendees will have the opportunity to learn about the basics of realistic modelling and analysis of distribution networks with solar photovoltaics using advanced tools. Attendees will use the programming language Python and the advanced distribution network analysis tool OpenDSS, an open-source tool developed by the Electric Power Research Institute (EPRI) in the US. OpenDSS will be used entirely with Python code thanks to the dss_python module developed by researchers at the University of Campinas in Brazil. And, to guide you, all will be done using Jupyter Notebook. This part of the workshop will be hands on and will require attendees to install specific software and have a GitHub account so they can access the corresponding repositories. • You need to install Python (Anaconda) and Jupyter Notebook (comes with Anaconda). Link: https://www.anaconda.com/products/distribution • Then, install the dss_python module. Run “python -m pip install dss_python” in the Anaconda Prompt. • More details about the repositories will be provided after the registration. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: brpjunior@usp.br (Prof. Benvindo Rodrigues Pereira Junior). Sobre o visitante Luis Fernando Ochoa é professor de Redes Inteligentes e Sistemas de Energia na Universidade de Melbourne, Austrália. Além disso, ele é IEEE PES Distinguished Lecturer, membro do Conselho Editorial da IEEE Power and Energy Magazine e membro sênior do IEEE. Anteriormente, de 2011 a 2021, trabalhou em período integral e meio período na Universidade de Manchester, Reino Unido. De 2007 a 2010, foi Pesquisador em Sistemas de Energia na Universidade de Edimburgo, Reino Unido. Em 2010 atuou junto com a empresa Psymetrix Ltd, com sede em Edimburgo. Possui graduação em Engenharia Mecânica e Elétrica pela UNI (Peru), mestrado em Pesquisa e doutorado em Engenharia Elétrica de Energia, ambos pela UNESP Ilha Solteira (Brasil). Sua equipe de pesquisa produziu mais de 210 trabalhos de pesquisa em revistas e conferências internacionais de primeira linha, mais de 80 relatórios técnicos e duas patentes, uma registrada pela Psymetrix Ltd e outra registrada pela Universidade de Melbourne.  

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